quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A VELHA INDULGÊNCIA COM VESTES NOVAS

          Por G.M.Rocha


    
     Há mais de três mil anos que Salomão assim se expressou: “nada novo debaixo do sol. O que é hoje já foi ontem antes de nós”. Na verdade, muito do que vemos hoje e consideramos como algo novo, não passa de uma nova versão de coisas velhas que se passaram e, como num movimento de translação, se repete diante de nós com uma leve ou grosseira diferença, que de alguma forma acaba por confundir a mente de quem não conhece o passado ou não lhe presta a devida atenção. 
         Assim é o caso da indulgência que ressurge dentro do protestantismo brasileiro, e que tem distorcido a mensagem do Evangelho de Cristo, colocando novamente as obras humanas no lugar da graça e justiça divinas. Basta que se imagine o seguinte fato: na idade média o povo por temer o inferno estava disposto a fazer qualquer coisa para ganhar o céu. Isso abriu a porta para a igreja ganhar muito dinheiro com o comercio de coisas espirituais (simonia)... Hoje, no entanto, ninguém ou quase ninguém teme o inferno. O que se teme é a pobreza, o não ser competitivo, o não poder consumir... isso tem aberto a porta para a venda de uma falsa prosperidade, uma prosperidade instantânea, mágica, que como no caso da velha indulgencia, acontece, assim (e contanto) que a moeda caia no cofre da igreja. Porem, a grande quantidade de pessoas decepcionadas com Deus por não conseguir tal prosperidade, mesmo que tenha contribuído, nos mostra que quem tem conseguido êxito de verdade com esse negócio, são os tais pregadores, que na insanidade do povo, conseguem se enriquecer da noite para o dia, enquanto suas vitimas vivem na frustração sem entender porque Deus não está entregando o "produto" que eles com “muita fé” compraram de “seus representantes”...

Nenhum comentário: