sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A "MALDIÇÃO DE CAM", UM EQUÍVOCO MALDITO

Por G.M.Rocha É possível que ao se estudar a história de praticamente todos os povos, há de se perceber que em cada momento em que algum povo impôs sobre outro o seu domínio, se buscou de alguma forma, meios e argumentos para se justificar e legitimar suas ações, por mais bárbaro e violento que possa ter sido tal processo. Os argumentos são muitos: civilizar, suprimir o bárbaro, promover guerras justas, libertar povos oprimidos, levar a religião verdadeira, dentre outras tantas. Se buscarmos na história ocidental nos últimos quinhentos anos não é difícil perceber que os argumentos para justificar, legitimar e naturalizar o brutal processo que foi a escravidão negra, a colonização da América e o imperialismo europeu na África e em outras partes do mundo a partir do século XIX, o que ocasionou problemas desastrosos para esses diversos povos, contou com diversos argumentos vindos da política, da filosofia, da ciência, e assustadoramente da religião cristã. É desta forma que a chamada “maldição de Cam” que custou desde o século XVI a vida de milhões de indivíduos no processo de escravidão negra, é ainda hoje um instrumento ideológico que serve para “explicar” as causas dos males sofridos pelos africanos e seus descendentes e, por outro lado, legitimar a sua opressão e dominação. Anderson Ribeiro Oliva em um artigo sobre o ensino intitulado “A História da África nos bancos escolares. Representações e imprecisões na literatura didática” faz uma importante discussão sobre como o imaginário europeu que prevalecia no final do século XV quando do contato com povos da costa africana no momento em que portugueses costeavam o continente no objetivo de encontrar um novo caminho para as Índias, era resultado de uma construção preconceituosa e equivocada construída ao longo de um período de 1500 anos, desde Heródoto no século V antes de Cristo, passando por Cláudio Ptolomeu no século II d. C, as encíclicas papais Dum Diversas e Romanus Pontifex emitidas no final do século XV que ‘deram direito aos Reis de Portugal de despojar e escravizar eternamente os Maometanos, pagãos e povos pretos em geral’ (Oliva, p. 436, in Lopes, 1995: 22), e o que diz respeito ao nosso assunto, a suposta maldição de Cam, a respeito de que Oliva, fazendo menção à ideia cartográfica da Europa no inicio do século XVI, observa que os europeus acreditavam que: O paraíso terrestre aparecia sempre ao Norte, no topo, distante dos homens, e Jerusalém, local da ascensão do filho de Deus aos céus, no centro. A Europa, cuja população descendia de Jafet, primogênito de Noé, ficava à esquerda (do observador) de Jerusalém e a Ásia, local dos filhos de Sem, netos de Noé, à direita. Ao Sul aparece ‘o continente negro e monstruoso, a África. Suas gentes eram descendentes de Cam, o mais moreno dos filhos de Noé’ (Noronha, 2000:681-689). Neste caso, mais uma vez o desprestígio recobria a África. Segundo os textos bíblicos, Cam foi punido por flagrar seu pai nu e embriagado. Seus descendentes deveriam se tornar escravos dos descendentes de seus irmãos e habitar parte do território da Arábia, do Egito e da Etiópia. (Oliva, p. 435) O que chama a atenção aqui, é que o elemento religioso no texto aparece como sendo uma referencia ao texto bíblico, como se esse assunto estivesse de fato descrito dessa forma na Bíblia, o que não é o caso, como veremos mais à frente. A grande questão, no entanto, é que, apesar de sabermos que oficialmente todos esses discursos foram abandonados no último século, dando lugar a uma nova compreensão sobre o verdadeiro valor de cada povo, de cada cultura, no sentido de se criar uma consciência de respeito pelo diferente, uma vez que já se concluiu que não existem e nunca existiu povos nem culturas superiores, apenas povos e culturas diferentes, não é difícil no Brasil, no entanto, se encontrar entre indivíduos que dizem professar a fé cristã, a crença de que países como Estados Unidos e Inglaterra são ricos por acreditarem em Deus, e que africanos, por exemplo, são pobres por praticarem a religião dos orixás. Ou seja: na teoria, essas ideias foram abandonadas, na prática elas parecem prevalecer no imaginário de grande parte da população brasileira, o que, como se sabe, se constitui num grande equívoco, como resultado de um total desconhecimento do processo histórico do ocidente nos últimos quinhentos anos. Um desses equívocos reapareceu há poucos dias, em uma postagem feita pelo deputado federal Marco Feliciano a respeito dos possíveis motivos causadores dos diversos problemas enfrentados por diversos países do continente africano e que reascendeu a questão sobre um dos mais absurdos discursos já produzidos pela ideologia cristã para legitimar um dos mais vergonhosos produtos da ambição humana, que foi a escravidão negra. É claro que dias depois, após sua postagem ganhar destaque na mídia nacional e atrair a insatisfação de seguimentos ligados ao movimento gay e afro-descendentes, o deputado buscou se justificar dizendo que apenas havia citado uma linha de pensamento sobre o assunto, mas que essa não era a sua opinião a respeito da questão. Para quem vive no mundo evangélico, principalmente no mundo pentecostal, sabe que essa fala de Feliciano não é nenhuma novidade. Grande parte das pessoas acredita sim que os africanos são amaldiçoados, que os demônios a que a Bíblia se refere são os orixás e que a fome, a pobreza e a miséria na África tão divulgada pelos nossos missionários, têm origem nestas questões, ignorando que fome, pobreza e miséria não é apenas um problema africano, mas de todo o planeta. Milton Santos (2000) informa que a pobreza e a miséria que se alastra pelo planeta estão relacionadas às injustiças e desigualdade social do nosso modelo econômico capitalista, agravada pelo atual processo de globalização, legitimada por intelectuais contratados ou contatados, com o consentimento dos governos locais e a maestria do Banco Mundial que consegue convencer, através de ações isoladas no planeta, que existe uma preocupação em se criar meios de sua superação quando na verdade o que existe de fato são soluções localizadas que não resolvem o problema, apenas disfarça sua gravidade. Neste sentido ele afirma que: Essa produção maciça da pobreza aparece como fenômeno banal. Uma das grandes diferenças do ponto de vista ético é que a pobreza de agora surge, impõe-se e explica-se como algo natural e inevitável. Mas é uma pobreza produzida politicamente pelas empresas e instituições globais. Estas, de um lado, pagam para criar soluções localizadas, parcializadas, segmentadas, como é o caso do Banco Mundial, que, em diferentes partes do mundo, financia programas de atenção aos pobres, querendo passar a impressão de se interessar pelos desvalidos, quando, estruturalmente, é o grande produtor da pobreza. Atacam-se, funcionalmente, manifestações da pobreza, enquanto estruturalmente se cria a pobreza ao nível do mundo. E isso se dá com a colaboração ativa ou passiva dos governos nacionais. (Santos, 2000, p. 73) É claro que o autor quando chama a nossa atenção para a questão da pobreza, ele não se refere diretamente à questão africana, mas ao mundo de forma geral. O que acontece porem é que no que diz respeito ao continente africano sabemos que desde o século XVI europeus lhes roubaram ou, diamante, especiarias, recursos naturais e, o pior de tudo, lhes roubaram homens, vidas. Somente para o Brasil foram trazidos mais de cinco milhões de africanos (Prandi, 2000, p.1) e foi tão grande a brutalidade da escravidão que quando da abolição eles eram menos de um milhão em terras brasileiras, e, por outro lado, ainda hoje o vasto continente africano sofre as conseqüências desta ação desastrosa dos europeus. O que se pode dizer é que os africanos pobres podem tranquilamente agradecer aos cristãos ricos europeus por sua pobreza, enquanto os cristãos europeus ricos podem também agradecerem aos africanos de forma geral, por suas riquezas. Atribuir a pobreza na África ou em qualquer parte do mundo, inclusive no Brasil, à supostas maldições ou a supostos espíritos opressores, é no mínimo, fechar os olhos para a forma perversa como a pobreza tem sido produzida no planeta, uma verdadeira afronta aos que sofrem. Portanto, a ideia de uma suposta maldição como sendo a origem de todos esses males estaria assim, poderíamos dizer, descartada. Por outro lado, é bom que se diga que em mais de 170 anos de ensino de historia no Brasil , um país com fortes ligações com a África, somente a partir de 2003 é que se tornou obrigatório o ensino sobre o continente africano e, dez anos depois dessa obrigatoriedade, ainda é muito elementar o que se apresenta no livro didático sobre o assunto. O que a maioria dos evangélicos sabe sobre a África vem do que os missionários dizem, de algumas leituras não aprofundadas, ou do que assistem nos programas de TV onde não há nenhuma preocupação com o conhecimento histórico, apenas transmissão de informações isoladas. Portanto, diante deste quadro sinistro não se pode exigir muito de um brasileiro sem que se cometa alguma injustiça. No entanto, a postagem do deputado emitindo sua opinião ou não, nos leva inevitavelmente a uma questão: afinal, a ideia de que Noé amaldiçoou seu filho Cam está mesmo na Bíblia, ou se trata de uma interpretação equivocada do texto bíblico, motivada no passado por uma busca equivocada por um argumento religioso capaz de amenizar a consciência de indivíduos envolvidos numa empreitada tão brutal que foi a escravidão, e no presente alimentar o preconceito religioso relacionado a tudo o que diz respeito à África, preconceito este que atualmente ainda está tão presente em nosso país? Para uma reflexão sobre essas questões, faz se necessário citar o texto bíblico em sua íntegra. Vejamos então o que está escrito em Gêneses capítulo 9 versículos 24 a 27, em duas versões: “quando Noé acordou do efeito do vinho e descobriu o que seu filho caçula lhe havia feito, disse: ‘Maldito seja Canaã! Escravo de escravos será para os seus irmãos’. Disse ainda: ‘Bendito seja o Senhor Deus de Sem! E seja Canaã seu escravo. Amplie Deus o território de Jafé; habite ele nas tendas de Sem, e seja Canaã seu escravo’ (Nova Versão Internacional). Despertado que foi Noé do seu vinho, soube o que seu filho mais moço lhe fizera; e disse: Maldito seja Canaã, servo dos servos será de seus irmãos. Disse mais: Bendito seja o Senhor o Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé e Habite Jafé nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo (Versão revisada da Tradução de João Ferreira de Almeida de acordo com os melhores textos em hebraico e grego). A análise deste texto nos sugere algumas perguntas, entre as quais podemos destacar: Por que uma pena tão pesada, como a maldição, para uma infração aparentemente tão simples? Por que os descentes de um indivíduo terão que pagar por um ato que seu foi pai quem cometeu? Por que no texto a pessoa amaldiçoada é chamada de Canaã se o que se acredita por quinhentos anos no Ocidente é que a pessoa amaldiçoada por Noé se chamava Cam? Por que Moisés cita esse acontecimento? Onde está então o equívoco? Apesar de se levantar aqui cinco questões, dentre outras que sejam possíveis numa análise deste texto, somente as três últimas serão analisadas aqui. Uma leitura de todo o capítulo 9 do Gênesis até o versículo 18, e todo o capítulo 10 junto com outros textos bíblicos, ajudam na compreensão do assunto. Em primeiro lugar, encontramos nos versículos 18 e 22 a informação de que Canaã era na verdade o filho mais novo de Cam, e este, por sua vez, era o filho mais novo de Noé. O mesmo texto também indica que quem viu a nudez de Noé foi Cam, porem, não se sabe por qual razão, Noé, ao invés de proferir a maldição sobre o Filho, acabou por proferi-la sobre o neto, nesse caso, Canaã. Canaã, de acordo os versículos 15 a 20 do capítulo 10 do Gênesis, gerou onze filhos, dos quais nove habitaram uma região que veio a ser chamada pelo seu nome, Canaã. Esses nove filhos, portanto, formaram nove nações conhecidas na Bíblia como Jebuseus, Amorreus, Jirgaseus, Heveus, Arqueus, Sineus, Arvadeus, Zemareus, Hemateus. Todos esses povos juntos foram chamados por Moisés de Cananeus. O que fica exposto no texto é que a maldição, portanto, caiu sobre o filho mais moço de Cam, Canaã, sendo transferida para nove dos filhos deste, sendo poupados apenas os dois mais velhos chamados pelos nomes de Hete e Sidom, pais dos Heteus e dos Sidônios. Em segundo lugar, é preciso que se diga que Moisés escreveu o livro do Gênesis estando à caminho de Canaã, com a intenção de conquistá-la. O povo que ele tirou do Egito, havia convivido com quase quatrocentos anos de escravidão, deveria estar ansioso por ter sua própria terra, mas ao mesmo tempo com sua auto-estima muito baixa. Era preciso, portanto, lhe dar informações que dariam sentido para sua existência, reconstruindo o seu passado glorioso, o que para alguns estudiosos se trata aqui como em muitos casos na antiguidade, de um mito de origem. Assim ele procura lhes mostrar que quando do encontro de Abraão seu ancestral, com Javé, esse jurou que daria à sua descendência a terra habitada pelos filhos de Canaã, na qual ele vivia, mas que num futuro distante, sendo que seus descendentes ficariam escravizados no Egito por quatrocentos anos, mas ao fim desses anos sua descendência haveria de retornar a Canaã para herdar aquela terra e, portanto, com esses escritos, Moisés injetava animo no coração dos hebreus e lhes dava um importante sentido para a conquista. Tudo estava claro: os hebreus, descendentes abençoados de Abraão conquistariam os cananeus, os descendentes amaldiçoados de Canaã, neto de Noé. Os povos amaldiçoados (cananeus) seriam então, suprimidos pelo povo abençoado (hebreus). O que está escrito nos livros históricos do Antigo Testamento é que, apesar de muitos desses povos terem sobrevivido à conquista, tendo muitos deles se tornado escravos dos hebreus, finalmente desapareceram com as guerras, produzidas principalmente por assírios e babilônios, a partir de 722 a.C. Por último, sendo que a maldição de Noé recaiu sobre seu neto Canaã e não sobre seu filho Cam, e que esses descendentes malditos foram conquistados pelos hebreus, segundo a Bíblia, tendo os mesmos desaparecidos com o tempo, donde vem então a ideia que deu origem a chamada “Maldição de Cam” tão propalada em todo esse tempo? Esta última questão não parece tão fácil para uma resposta objetiva, mesmo porque não são poucas as intenções da alma humana, quando decidida na defesa de interesses pessoais diversos. No entanto, novas interrogações são apresentadas aqui como possibilidades para uma reflexão sobre a questão: Será que o problema não está numa busca cega para se encontrar na religião e em todos os meios, formas de legitimação do absurdo por puro propósito de se defender interesses pessoais? Será que muitos indivíduos que se dizem cristãos ainda não entenderam que o tempo de impor sua vontade, ideias e interesses já se passou e que o que se abre diante de nós são novos tempos onde a exigência maior é a busca pelo respeito e compreensão do outro, onde não pode haver ideal maior que a supressão dos preconceitos que tantos males tem causado a humanidade durante séculos? Será que uma vez que a Bíblia ainda exerce grande influência sobre o modo de vida e os modos de ver o mundo de grande parte dos brasileiros, isso não exige de cada indivíduo que queira citar suas páginas que o façam com grande responsabilidade, para assim se evitar ideias tão equivocadas como essas que durante tantos séculos serviu de suporte na escravização, humilhação e destruição de tantos povos? Em última consideração, o texto bíblico parece sugerir que os africanos são de fato descentes de Cam. Porem, em nenhum momento os africanos são considerados malditos, uma vez que em todos os textos na Bíblia onde africanos são citados, há, em sua maioria, sempre uma referência honrosa. Entre essas referencias, podemos citar a rainha de Sabá, considerada uma rainha africana que visitou Salomão, a respeito de quem Jesus faz uma menção honrosa no Novo Testamento; No livro de Jeremias é citado um etíope chamado Ebede-Meleque Ministro do rei Zedequias, que livrou Jeremias da prisão; existem várias referencias ao Egito, inclusive no Novo Testamento, onde se diz que quando Herodes, rei de Israel perseguiu o pai de Jesus, eles lá se refugiaram; Por último, em Atos dos Apóstolos é feita uma referência a um mordomo de uma rainha da Etiópia, chamada Candace, que se converteu com a pregação de um pregador chamado Filipe. O que se pode compreender então é que a tão propalada maldição de Cam nunca existiu, pois Cam nunca foi amaldiçoado, mas sim o seu filho, Canaã. Os evangélicos que acreditam numa suposta maldição de Cam nunca leram sinceramente o texto bíblico, apenas reproduzem um discurso tosco sem nenhuma fundamentação, o que não é nenhuma novidade neste universo, onde em muitos casos, leituras sérias é quase um crime. Por outro lado, com os avanços das missões evangélicas na África parece haver uma tendência, às vezes inconsciente, de se demonizar todo e qualquer comportamento africano para se justificar a evangelização. Os cristãos parecem que ainda sentem o “peso” de ter que “civilizar o bárbaro”, afastando para longe os seus demônios. O que está claro é que muitos evangélicos, ainda que sejam sinceros quando realizam qualquer projeto evangelístico, ainda que tenham interesse verdadeiro em ajudar pessoas que sofrem em volta do planeta, ignoram completamente os processos históricos que tornaram esses povos o que são, e por lhes faltarem esse tipo de entendimento, acabam por dar a explicação que lhes parece mais óbvia, a ação demoníaca. Parece existir, na falta de conhecimento, uma necessidade de demonizar o que não se compreende para se justificar e legitimar as suas ações. Assim, o que se pode observar é que, tanto na academia, quanto entre pregadores cristãos, o texto que analisamos, em grande parte, é apenas citado, e não lido, e menos ainda analisado, daí os equívocos são inevitáveis. É bem provável, que o problema se encontre então, não na natureza da Bíblia, e sim, na natureza dos homens que a lêem, ou dela se utilizam. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África / editado por Joseph Ki-Zerbo. – 2. ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190249POR.pdf acessado em 05/09/2013. Oliva, Anderson Ribeiro. A História da África nos bancos escolares. Representações e imprecisões na literatura didática. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eaa/v25n3/a03v25n3.pdf acessado em 05/09/2013. Santos, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal – 20ª Ed. – Rio de Janeiro: Record, 2011. Prandi, Reginaldo. De africano a afro-brasileiro: etnia, identidade, religião. REVISTA USP, São Paulo, n.46, p. 52-65, junho/agosto 2000. Disponível em: http://www.usp.br/revistausp/46/04-reginaldo.pdf Acessado em 05/09/2013. Bíblia Sagrada nas versões: Versão revisada da Tradução de João Ferreira de Almeida de acordo com os melhores textos em hebraico e grego, Editora Betel, Rio de Janeiro-RJ; Nova Versão Internacional, Sociedade Bíblica Internacional, São Paulo-SP, 2009.